Içara Mais Doce busca aumento de produção e consciência ambiental no segundo ano

O programa Içara Mais Doce, lançado em 2005 com o objetivo de aumentar as áreas de produção de mel no município de Içara, entra no segundo ano com novas metas. Além de ter ainda mais mudas de eucalipto melífero para a doação aos agricultores, o programa vai buscar a consciência ambiental dos produtores de mel e a valorização das abelhas nativas. A segunda etapa do Içara Mais Doce será lançado nesta quarta-feira, dia 05, às 14 horas, na Casa da Cultura Padre Bernardo Junkes, em Içara. O programa é realizado através de uma parceria entre Empresas Rio Deserto, Secretaria de Agricultura de Içara, Epagri, Unisul, Rádio Difusora e Unesc.
Para oferecer informações sobre a importância de preservação das abelhas nativas para o equilíbrio ambiental e até mesmo como uma alternativa de produção, a Unesc foi convidada a participar do Içara Mais Doce neste segundo ano. Através do Laboratório de Abelhas, a Universiadade vai oferecer orientação aos produtores de mel. Já os agricultores neste ano terão acesso a 200 mil mudas de eucalipto melífero. As Empresas Rio Deserto doarão 100 mil e a Secretaria de Agricultura de Içara mais 100 mil.
No entanto, a apicultura de Içara passa por um momento delicado, com as exportações para a Europa embargadas. Com perspectivas de ter que estocar toda a produção de um ano, os parceiros do programa Içara Mais Doce agora têm o desafio de auxiliar os produtores a enfrentar este problema.

Histórico - Em seu primeiro ano, o projeto Içara Mais Doce superou as expectativas das entidades participantes. No lançamento, em maio de 2005, a expectativa era distribuir 100 mil mudas de eucalipto melífero para os agricultores de Içara, com o objetivo de prevenir a falta de espaço para a realização da apicultura. No entanto, a procura por parte dos agricultores fez com que fosse repassadas gratuitamente 150 mil mudas a 47 propriedades em 2005. Quem recebeu as mudas também realizou um bom trabalho, e algumas já ultrapassam os 2 metros de altura. Outro fator positivo foi a média de perdas, que não ultrapassa 1%. Daqui dois anos, o espaço cultivado com os eucaliptos proporcionarão um aumento de 10% na produção de mel.